Lição da Escola Sabatina - 2º Trimestre de 2006
O Espírito Santo
Lição
3 – Jesus e o Espírito Santo
1 – Nascimento Miraculoso
Lucas 1:35 –
“Respondeu-lhe o anjo: Descerá
sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te
cobrirá [envolverá] com a Sua sombra. Por isso o Ente santo que
de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus.”
Quem é o
Pai de Jesus?
Para os trinitarianos que crêem num terceiro ser pessoal e divino a resposta deveria ser o Deus Espírito Santo, e a expressão “Filho de Deus” deveria ser entendida como “Filho do Deus Espírito Santo”. Acontece que nem os trinitarianos acreditam desta forma. Até para eles, Jesus é Filho de Deus Pai, de forma que não saem por aí defendendo a idéia de Jesus ser filho da terceira pessoa da trindade. Em outras palavras não são coerentes nem mesmo com aquilo que acreditam, pois, se a Bíblia em Mateus 1:18 afirma categoricamente que Maria “achou-se grávida pelo Espírito Santo” e o anjo disse para José no verso 20 que “o que nela foi gerado é do Espírito Santo”, e para eles o Espírito Santo não é uma maneira de referir-se ao próprio Deus Pai, e sim a terceira pessoa da trindade, por que então não declaram que Jesus é o Filho do Deus Espírito Santo?
É claro que os teólogos de patrimônio da atual IASD devem ter algum subterfúgio filosófico (e bem complicado) para explicar sua incoerência, porém eu prefiro ficar com a simplicidade daquilo que está evidente na Palavra de Deus:
Em Lucas 1:35 o anjo explica que desceria sobre Maria o Espírito Santo, e em seguida complementa: “e o poder do Altíssimo te envolverá com a Sua sombra”. Está claro! Biblicamente falando, o Espírito Santo que desceria sobre Maria é o equivalente à manifestação direta e pessoal do próprio Deus Altíssimo. Percebam que não estou afirmando que o Espírito Santo é “meramente” uma força ou influência impessoal, mas o equivalente a presença direta (“Sombra do Altíssimo”) e ação pessoal (“Poder do Altíssimo”) do próprio Deus Eterno.
Tanto o Antigo como o Novo Testamento na Bíblia confirmam este conceito:
Jó 33:4 – “O Espírito de Deus me fez; o sopro do Todo-poderoso me dá vida.” – Percebam no paralelismo da poesia hebraica que o “Espírito de Deus” é uma das formas vetero-testamentária de referir-se ao Deus “Todo-poderoso”.
Rom. 8:11 – “Se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo Jesus vivificará também os vossos corpos mortais, pelo Seu Espírito que em vós habita.” – Está evidente pelos versos que afirmam que foi o Pai que ressuscitou a Jesus (Rom. 6:4, I Cor. 6:14, Gal. 1:1, Efé. 1:17-20), que Paulo ao mencionar o “Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus” refere-se não a uma terceira pessoa de uma trindade, mas ao próprio Deus Eterno (o Pai).
Distorcendo as Escrituras
No último parágrafo da lição
de domingo (09/04) é dito que o Deus Espírito Santo “seria o agente executivo” da
divindade (pág.30). Aqui está mais uma distorção da
clara verdade bíblica que afirma, com base em João 1:1-3, ser Jesus Cristo, o Verbo de Deus, este agente
executivo
2 – Ungido pelo Espírito
A lição
pergunta: “Qual foi o papel do
Espírito no ministério de Cristo?” (pág. 31), e
em seguida relaciona alguns versos bíblicos para serem consultados e
servirem de referência para a resposta:
Mat. 3:16-17
Mar. 1:10-11
Luc. 3:21-22
Joa. 1:32-34
Os
trinitarianos usam os versos acima de Mateus e Marcos para tentar demonstrar as
três pessoas da trindade em ação (Deus Pai declarando, Deus
Filho orando, Deus Espírito Santo descendo). Acreditam que eles são
argumentos irrefutáveis a favor da trindade. Será? Bem, para
aqueles que estão sinceramente estudando a Bíblia em busca da
verdade, basta dizer existe uma outra forma de interpretá-los que deve
ser levada em honesta consideração: Estes versos podem
simplesmente estar falando do Deus Eterno se manifestando no batismo de Seu
Filho unigênito de forma audível (“Este é o Meu Filho amado”)
e de forma visível (“o
Espírito de Deus descendo em forma de pomba”). Você já
parou para considerar esta possibilidade?
3 – Guiado pelo Espírito
A
lição tenta nos convencer que Jesus em Seu ministério
terrestre “dependia totalmente do
trabalho” da terceira pessoa da trindade, o Deus Espírito
Santo. Porém, o que Jesus declarou de forma clara e direta é sobre
Sua total dependência do Pai:
João 5:19 – “Em
verdade, em verdade vos digo que o Filho por Si mesmo, não pode fazer
coisa alguma; Ele só pode fazer o que vê o Pai fazendo, porque
tudo o que o Pai faz, o Filho o faz igualmente.”
João 5:30 – “Eu não
posso fazer nada de Mim mesmo; como ouço, assim julgo, e o Meu juízo
é justo, pois não busco a minha vontade, mas a vontade do Pai que
me enviou.”
João 6:57 – “Assim
como o Pai, que vive, Me enviou, e Eu vivo pelo Pai, assim também quem
de Mim se alimenta, viverá por Mim.”
João 8:28 – “Quando
levantardes o Filho do homem, então sabereis que Eu sou quem digo ser, e
que nada faço de Mim mesmo, mas falo como o Pai Me ensinou.”
João 14:10 – “Não
crês tu que Eu estou no Pai, e que o Pai está em Mim? As palavras
que Eu vos digo, não as digo por Mim mesmo. Antes, é o Pai que
está em Mim quem faz as obras.”
Por
que será que Jesus não declarou que estava no Deus Espírito
Santo e o Deus Espírito Santo estava nele? Por que não disse que
era o Deus Espírito Santo que nele realizava todas as obras? Por que não
afirmou: “Eu vivo pelo Deus Espírito Santo”? Por que em
todas as ocasiões acima mencionou simplesmente “o Pai”?
Por
aquilo que o próprio Jesus declarou, Sua dependência total e
completa era de Seu Pai, e não de uma suposta terceira pessoa da
trindade. Com base nas Suas claras palavras e ensinamentos diretos é que
devemos interpretar as demais passagens das Escrituras que mencionam sua dependência
e submissão ao Espírito de Deus. A presença do Espírito
Santo na vida de Jesus deve ser entendida como a presença do próprio
Pai em Sua vida. Biblicamente falando, dizer que Jesus dependia do Espírito
equivale a dizer que Ele dependia do Pai, afirmar que Ele era guiado pelo Espírito
é o mesmo que dizer que era guiado pelo Pai, e quando Ele afirmava para
os zelosos judeus de Sua época que o Espírito estava sobre Ele
(Luc. 4:18-19), todos entendiam que Ele estava se referindo a Sua íntima
comunhão de dependência com o Deus Eterno (Atos 10:38).
4 – Atividade dirigida pelo Espírito
A
lição pergunta: “8. Que
parte desempenhou o Espírito no oferecimento de Cristo de Si mesmo como
resgate de nossos pecados? Heb.9:14”
“Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito
eterno se ofereceu a Si mesmo imaculado a Deus, purificará a nossa
consciência das obras mortas, para servimos ao Deus vivo?”
Hebreus 9:14
Quem é o Espírito Eterno?
I Timóteo 6:16 – “Aquele
que tem, Ele só, a imortalidade, e habita na luz inacessível; a
quem nenhum dos homens viu nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno.
Amém.”
O
verso anterior faz menção ao bendito e único soberano, Rei
dos reis e Senhor dos senhores; e o verso 13 afirma tratar-se de Deus Pai.
Portanto,
Heb. 9:14 não está declarando que Jesus foi levado a oferecer-se
em sacrifício pela terceira pessoa da trindade, mas simplesmente mostra
a mesma verdade revelada
“Deus estava em Cristo reconciliando consigo
o mundo...”
No
parte de quinta-feira (13/04) é que encontramos a heresia mais gritante
motivada pela crença na trindade:
Jesus nunca morreu de verdade
A
lição usa as palavras de Jesus relatadas em João 10:17-18
para sugerir que Jesus se auto-ressuscitou:
“Não é de admirar que a Bíblia
vincule as três pessoas da Divindade com a ressurreição de
Cristo, como ocorreu no Seu batismo.” (pág.34)
A lição
manipula o leitor a concluir que Jesus foi ressuscitado pelo:
Deus
Espírito Santo – Versos apresentados:
I Ped. 3:18, Rom. 1:4 e 8:11
Deus Pai – Versos apresentados: Gal. 1:1 e Efé. 1:17-20
Deus
Filho – Verso apresentado: João
10:17-18
É
nesta linha de pensamento que se desenvolve a idéia trinitariana de que
Jesus, que é também o Deus eterno e imortal igual ao Deus Pai e
ao Deus Espírito Santo, nunca morreu de fato, porque Deus não pode
morrer. E como não morreu completamente (somente a parte humana morreu),
pode promover, através de Sua parte divina imortal, Sua própria
ressurreição. São para conjecturas semelhantes a esta que são
conduzidos os defensores do dogma trinitariano.
Transformaram
a morte do Filho de Deus em uma peça de teatro!
Em
João 10:17-18 Jesus não
está afirmando que irá se auto-ressuscitar, mas declarando que
tanto Sua morte sacrifical quanto a Sua ressurreição foram
devidamente autorizadas pelo Pai:
“Por isso o Pai me ama, porque dou a minha
vida para tornar a tomá-la. Ninguém a tira de mim, mas eu
espontaneamente a dou. Eu tenho autoridade para dá-la, e autoridade para
tornar a tomá-la. Este mandato recebi de meu Pai.”
Jesus afirma que tinha autoridade para dar a Sua vida (morrer) e depois voltar a possuí-la (ressuscitar) porque o Pai é quem havia determinado que assim fosse. O Pai é quem estaria conduzindo tudo de forma soberana pelo Seu poder para que tanto Sua morte como Sua ressurreição se consumassem.