Comentário da lição da Escola Sabatina
do 3º Trimestre de 2006
O EVANGELHO, E O JUÍZO
LIÇÃO 12 – O Juízo Pré-Advento
Chegamos
ao ponto crucial dos estudos das profecias de Daniel para a interpretação
profética adventista. Antes de avançarmos seria muito proveitoso recapitularmos
as importantes conclusões que já chegamos como verdades solidamente alicerçadas
na Bíblia e na história:
1-
O livro de Daniel
foi escrito por volta do 6º século a.C. durante os impérios neo-babilônico e
medo-persa;
2-
O princípio
dia/ano é a chave para a interpretação das profecias de tempo contidas neste
livro;
3-
Existe um
paralelismo inquestionável entre as visões dos capítulos 2, 7 e 8;
4-
O poder
simbolizado pelo chifre pequeno em Daniel 7 encontra seu paralelo de ênfase e
ampliação no chifre pequeno de Daniel 8;
5-
O quarto poder
que surge após o império macedônico e antes do estabelecimento do reino eterno
de Deus, é o poder romano em suas fases pagã e cristã;
6-
Daniel 9 deve ser
entendido como uma explicação à parte da visão do capítulo 8 que Daniel não
entendeu;
7-
O cumprimento da
promessa messiânica no ministério e morte de Jesus Cristo, o Filho de Deus,
conforme profetizado no capítulo 9, estabelece com precisão uma base sólida e
segura para a interpretação das visões anteriores;
8-
A dedução de que
o período de tempo do capítulo 8 (2.300 tardes e manhãs) tem o mesmo início
daquele do capítulo 9 (70 semanas), é uma conclusão coerente com todo o
conjunto profético de Daniel.
Vamos
recapitular também as três visões de Daniel em todo seu paralelismo, mas
enfatizando o interessante evento que ocorre entre o aparecimento do chifre
pequeno e sua destruição total e definitiva no fim dos reinos deste mundo:
Reinos |
Capítulo 2 |
Capítulo 7 |
Capítulo 8 |
Interpretação |
Período |
1º Reino |
Cabeça de Ouro |
Leão com asas de Águia |
|
Império Babilônico |
7º e 6º século a.C. |
2º Reino |
Peito e Braços de Prata |
Urso que se levanta de um lado |
Carneiro com
dois chifres |
Império Medo-Persa |
Do 6º ao 4º século a.C. |
3º Reino |
Quadris e Coxas de Bronze |
Leopardo com 4 cabeças e 4 asas |
Bode com um
chifre que dá lugar para outros 4 chifres |
Império Greco-Macedônico |
Do 4º ao 2º século a.C. |
4º Reino |
Pernas de Ferro |
Animal terrível e espantoso |
Chifre Pequeno
que cresce muito
politicamente |
Império Romano (Roma Pagã) |
Do 2º século a.C. ao 6º século d.C. |
Pés em partes de Ferro e Barro |
10 chifres sobre o 4º animal |
Chifre Pequeno se engrandece espiritualmente e ataca o Santuário |
Nações da Europa |
Do 6º século d.C. até o fim |
|
Chifre Pequeno |
Papado (Roma Cristã) |
||||
Tribunal
Celestial |
Purificação do Santuário |
Juízo
Pré-advento |
|||
|
Pedra destrói a Estátua |
O Chifre Pequeno perde seu domínio e é
destruído |
O Chifre Pequeno sem esforço de mãos
humanas é quebrado |
2ª Vinda de Jesus |
? |
5º Reino |
Pedra transforma-se num grande monte que
enche a terra |
Os santos do Altíssimo recebem o Reino |
|
Eternidade dos salvos no Reino de Deus |
Eternidade |
De
acordo com já comprovado princípio do paralelismo entre as visões de Daniel,
verificamos que a Purificação do Santuário do capítulo 8 está indiscutivelmente
em direta relação com Tribunal Celestial do capítulo
Seqüência |
Acontecimento |
Daniel
7 |
Acontecimento |
Daniel
8 |
1ª seqüência |
Chifre Pequeno se manifesta |
Verso 8 |
Chifre Pequeno se manifesta |
Versos 9-12 |
Tribunal
Celestial |
Versos 9-10 |
Purificação
do Santuário |
Versos 13-14 |
|
2ª seqüência |
Chifre Pequeno se manifesta |
Versos 24-25 |
Chifre Pequeno se manifesta |
Versos 23-25 |
Tribunal
Celestial |
Verso 26 |
Purificação
do Santuário |
Versos 25-26 |
Completando
o quadro acima temos que tanto após o Tribunal Celestial do capítulo 7, como
após a Purificação do Santuário do capítulo 8, o evento que se segue é a
destruição definitiva do Chifre Pequeno (comparar Daniel 7:26 com 8:25).
Como
vimos, está inegavelmente claro a relação que existe entre o Tribunal celestial
e a Purificação do Santuário, bem como o exato momento em que ocorrem, ou seja,
após a manifestação do Chifre Pequeno e antes da 2ª vinda de Jesus, quando ele
será definitivamente destruído.
TRIBUNAL CELESTIAL = PURIFICAÇÃO DO
SANTUÁRIO
Como
o Tribunal Celestial já foi estudado em detalhes na lição nº.4, iremos agora
analisar a questão da Purificação do Santuário para entendermos melhor quão
profundo e significativo é este paralelismo.
A Purificação do Santuário
“Até
quando durará a visão do contínuo, e da transgressão assoladora para que seja
entregue o santuário, e o exército, a fim de serem pisados? Até duas mil e
trezentas tardes e manhãs, e o santuário
será purificado” Daniel 8:13 e 14.
Purificado: A palavra que encontramos no texto hebraico é
NITSDAQ. Esta palavra só aparece em Dan.8:14. Porém, alguns eruditos a
relacionam com a palavra TSADAQ, bastante comum na Bíblia (aparece cerca de 250
vezes). TSADAQ é traduzida por justiça, ser justo, tornar justo ou justificar.
As
antigas traduções gregas deste texto hebraico traduziram NITSDAQ por
“Purificado”, e também a versão latina feita por Jerônimo por volta de 400 d.C.
a traduz da mesma maneira.
O
dicionário Strong assim define TSADAQ: Uma raiz primitiva; TWOT – 1879; v
AV – justificar 23. Justo 10. Justiça
2. Purificado 1. Limparmos a nós mesmos 1. Retidão 1: 41 ser justo. Seja justo.
1a) (Qual)
1a1) ter uma causa justa.
Estar no correto
1a2) ser justificado
1a3) ser justo ( de Deus)
1a4) ser justo. Ser reto.
(em conduta e caráter)
1b) (Niphal) por ou fazer reto. Ser
justificado
1c) (Piel) justificar. Fazer aparecer
correto. Fazer o correto a alguém
1d) (Hiphil)
1d1) Fazer o trazer justiça (ao
administrar a lei)
1d2) declarar justo. Justificar
1d3) Justificar. Recuperar a causa de.
Salvar
1d4) Fazer correto. Voltar-se para a
retidão
1e) (Hithpael) Justificar-se
Algumas
versões bíblicas em inglês ao invés da palavra “purificado”, trazem as palavras
“restaurado” (Tradução de Darby-1889; Tradução Literal de Young-1993; Versão
King James Moderna-1993) ou “declarado correto” (Tradução Literal de
Young-1898). Estas traduções são muito propícias para aqueles que limitam as
ações do chifre pequeno à profanação que Antíoco Epifânio realizou no templo
judeu, porém, como já estudamos na lição 10, existem fortes evidências que
apontam para uma interpretação muito mais ampla do chifre pequeno.
Alguns
entendem que a palavra hebraica NITSDAQ tem ampla significação, podendo
abranger não somente idéias de restauração a um estado de perfeita retidão, mas
também de purificação, justificação e vindicação.
Independente
da melhor tradução para a palavra NITSDAQ de Daniel 8:14, é notório o fato de
que todo o capítulo 8 tem seu foco voltado para o Santuário, de forma que a
própria simbologia dos reinos usa animais típicos do ritual do santuário
(carneiro e bode). Portanto, é inevitável que façamos uma analogia com o Dia da
Expiação, pois é neste dia que o Santuário era purificado, e onde também o bode
tinha uma participação bem destacada.
De
acordo com Levíticos 23, o Senhor
havia designado para Seu povo, sete festas cerimoniais:
Ordem |
Nome da
Cerimônia |
Dia em que
era Comemorado |
1ª |
Páscoa |
14º dia do Primeiro Mês |
2ª |
Pães Asmos |
15º ao 21º dia do Primeiro
Mês |
3ª |
Primícias |
16º dia do Primeiro Mês |
4ª |
Pentecostes |
6º dia do Terceiro Mês (50º
dia após Primícias) |
5ª |
Festa das Trombetas |
1º dia do Sétimo Mês (Rosh
Hashanah) |
6ª |
Dia da Expiação |
10º dia do Sétimo Mês (Yom Kippur) |
7ª |
Festa dos Tabernáculos |
15º dia do Sétimo Mês |
É
interessante observar que o Dia da Expiação (ou o Dia da Purificação do
Santuário) era considerado pelo povo judeu como um grande dia de juízo, quando as
pessoas tinham uma última oportunidade de se arrepender. A lição traz uma
reveladora citação da Enciclopédia Judaica sob o título “O Dia da Expiação”:
“Deus, assentado em Seu trono para julgar o mundo, ao
mesmo tempo juiz, intercessor, perito e testemunha, abre o Livro dos Registros;
a própria assinatura do homem [seu nome] é encontrada ali. Soa a grande
trombeta; uma voz suave e doce é ouvida; os anjos tremem, dizendo: este é o dia
do juízo. ... No Dia da Expiação, é decretado quem deve viver e quem deve
morrer.”
“Algumas
orações repetidas no Dia da Expiação dizem assim: ‘Justifica-me no juízo. ...
Silencia o acusador e permite que o advogado tome seu lugar... e por causa da
sua apelação, declara: Perdoei. ... Apaga a transgressão do povo que foi salvo.
... Ele, o Ancião de Dias, Se assenta como Juiz. ... Que no livro da vida...
estejamos selados por Ti.’” (Edição do Professor, pág. 152).
Tais
pensamentos que expressam a essência deste dia tão especial e peculiar na vida
do povo de Deus, nos reportam para o evento no capítulo 7 que está em paralelo
com este dia: o tribunal celestial. E aqui, mais uma vez é demonstrado o
perfeito paralelismo entre os capítulos 7 e 8, pois, como já tínhamos visto, o
Tribunal Celestial no capítulo 7 equivale ao dia em que o Santuário é
purificado no capítulo 8, e este, por sua vez, é tido como um Dia de Juízo.
Interessante, não? Este paralelo é muito significativo, pois é uma forte
evidência de que a melhor tradução para a palavra hebraica NITSDAQ é realmente
a palavra “purificado”.
Sabemos
pela Bíblia que estas festas eram símbolos de realidades futuras que definem
importantes marcos no Plano da Salvação:
“Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo
beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados,
Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.” Col.
2:16-17
A
5ª festa foi dada por Deus para justamente anunciar com 10 dias de antecedência
a proximidade da chegada do importante e solene Dia da Expiação. Nenhuma outra
festa tinha sua chegada anunciada por uma festa específica. Somente o Dia da
Expiação tinha este destaque. O Senhor estava com isso mostrando que a
realidade do Dia da Expiação não se cumpriria no futuro sem que antes tenha
sido devidamente anunciada e proclamada.
Expressões
repetidas como “afligireis as vossas almas” (versos 27 e 32) demonstram
que esta festa era marcada por uma solenidade e gravidade maior do que em
qualquer outra festa cerimonial. Percebemos também que uma atmosfera de vida ou
morte pairava sobre este dia através das palavras de advertência do verso 29 e
30: “Toda pessoa que nesse dia não se
afligir, será eliminada do seu povo. Toda pessoa que nesse dia fizer algum
trabalho, eu a destruirei do meio do seu povo”. Apesar de outras festas
serem igualmente dia de descanso solene (exceção feita ao Dia das Primícias),
somente o Dia da Expiação era marcado com esta terrível advertência.
Agora
vamos para Levíticos 16 para vermos
o que acontecia neste dia onde o Santuário era Purificado:
1)
O Sumo Sacerdote
se banhava e vestia suas roupas sacerdotais exclusivas.
2)
O Sumo Sacerdote
trazia um novilho para oferta pelo pecado e um carneiro para holocausto que
seriam oferecidos por si e por sua família.
3)
Dois bodes para
oferta pelo pecado e um carneiro para holocausto eram escolhidos da Congregação
dos filhos de Israel.
4)
Sortes eram
lançadas para designar entre os dois bodes, qual seria o bode do Senhor e qual
seria o bode emissário.
5)
O Sumo Sacerdote
sacrificava o seu novilho como oferta pelo seu próprio pecado e de sua família.
6)
O Sumo Sacerdote
pegava um incensário com uma medida dobrada de incenso e o colocava para dentro do véu que separava o lugar santo do
Santíssimo, para que a fumaça cobrisse o propiciatório (tampa da arca do
concerto) onde se manifestava a glória do Senhor. Isto era necessário para que
ele não morresse perante o Senhor.
7)
O Sumo Sacerdote
levava o sangue do seu novilho para dentro
do véu e com seu dedo o aspergia sete vezes (expiação perfeita) diante do
propiciatório.
8)
O Sumo Sacerdote
sacrificava pelo pecado do povo, o bode que havia sido sorteado para ser do
Senhor.
9)
O Sumo Sacerdote
levava o sangue deste bode para dentro
do véu o aspergia da mesma maneira como havia feito com o sangue de seu
novilho.
10)
Desta maneira o lugar Santíssimo do Santuário era
purificado de todas impurezas, rebeldias e pecados dos filhos de Israel.
11)
O Sumo Sacerdote saía do lugar Santíssimo com o sangue
do novilho e do bode, e os colocava nas quatro pontas do altar de incenso, bem
como os espargia sete vezes sobre este altar.
12)
Desta forma era purificado também o lugar santo,
completando a purificação total do Santuário ou Tenda da Congregação (lugar
santíssimo e santo).
13)
Terminada a
purificação do Santuário por completo, o Sumo Sacerdote colocava ambas as mãos
sobre o bode emissário e confessando todas as iniqüidades dos filhos de Israel,
fazia com que eles caíssem sobre a cabeça do bode vivo.
14)
Um homem
previamente designado, conduzia o bode
vivo para o deserto onde era ali abandonado. Desta forma os pecados eram
conduzidos para a terra solitária
(deserto), bem longe do arraial do povo de Deus.
15)
O Sumo Sacerdote,
no lugar santo, se banhava e tirava suas roupas sumo sacerdotais exclusivas,
trocando-as por outras vestes.
16)
O Sumo Sacerdote
saía e preparava o holocausto do carneiro seu e do povo, fazendo expiação por
si e pelo povo.
Deste
cerimonial destacamos alguns pontos importantes:
·
Este cerimonial
era importantíssimo, pois significava a eliminação
definitiva de todos os pecados que, depois de perdoados, foram transferidos
para o Santuário mediante a aspersão do sangue das ofertas diante do véu.
·
Somente o Sumo Sacerdote poderia fazer a purificação do Santuário.
·
A purificação do
Santuário começava pelo lugar Santíssimo
onde estava a arca da aliança com seu propiciatório, símbolos do trono de Deus
no céu.
·
O Santuário era completamente purificado antes que o
bode Azazel entrasse em cena.
·
O bode emissário
levava sobre si todos os pecados, mas não
era sacrificado. Ele era abandonado vivo no deserto e deixado à sua própria
sorte (fatalmente morreria debaixo do escaldante sol do deserto, mas o
principal aqui é a separação e afastamento entre os pecados que ele carregava
sobre si e o povo de Deus).
·
Como sem sangue
(morte) não pode existir remissão dos pecados (Heb. 9:22), o fato de o bode
levar toda a culpa final e ser abandonado vivo para morrer sozinho no deserto,
faz dele um símbolo perfeito de Satanás
(o culpado final por tudo). Por este motivo, o bode emissário jamais pode
simbolizar a Cristo, pois Ele foi morto pelos nossos pecados.
·
O Dia da Expiação
começava com os preparativos para a purificação do Santuário, e só terminava
depois que o bode Azazel fosse levado para a terra solitária. A realidade do
dia de juízo simbolizado por esta festa deve obrigatoriamente compreender um período que só terminará com a
extirpação definitiva do pecado do universo.
Esta
cerimônia simboliza de forma precisa o grande Dia do Juízo que foi visto
iniciando na visão do capítulo 7. Será durante este Tribunal Celestial que o
Santuário será purificado e o pecado será definitivamente extirpado do meio do
povo de Deus.
Como
já vimos no estudo do capítulo 7, é durante o período de atividades do Tribunal
Celestial que estará sendo:
1.
Vindicado o
caráter de justiça e amor de Deus o Pai perante todo o universo.
2.
Vindicado o nome
do unigênito Filho de Deus como digno de receber do Pai todo o poder e
autoridade.
3.
Vindicados todos
aqueles que confiaram na salvação oferecida pelo Pai mediante Seu Filho
unigênito como herdeiros juntamente com Cristo.
4.
Definido de forma
inequívoca quem é o verdadeiro culpado pelo pecado, fazendo com que este receba
a punição definitiva e final.
5.
Evidenciado que a
destruição de todos aqueles que recusaram tão grande salvação é não somente um
ato de justiça, mas também de amor.
Estes
são os cincos pontos principais que resultarão da Purificação do Santuário
Celestial mencionado no capítulo 8.
O
Tribunal Celestial em paralelo com a Purificação do Santuário aponta para um
processo que está sendo realizado no céu, e não na terra (muito embora seus
efeitos sejam sentidos aqui). A Bíblia confirma esta conclusão ao ensinar
claramente que:
1)
Existe um verdadeiro Santuário no céu:
“Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo
sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade
Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e
não o homem.” Hebreus 8:1-2
2)
O Santuário terrestre era apenas uma sombra (um símbolo) desta realidade
celestial:
“Os quais servem de exemplo e sombra das coisas
celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o
tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se
te mostrou.” Hebreus 8:5
3)
O dia cerimonial da expiação apontava para a verdadeira purificação do
santuário celestial:
“E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam
com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão. De sorte que era bem
necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem;
mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes. Porque
Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no
mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus.” Hebreus 9:22-24
Pelas
informações do capítulo 7 e 8 sabemos que este Julgamento ocorre depois de
iniciadas as terríveis ações do Chifre Pequeno, que simboliza em sua fase
inicial, Roma Pagã, e continua de forma destacada por sua substituta imediata,
Roma Cristã ou Papal. Aqui está mais uma forte evidência de que o Chifre
Pequeno jamais poderia se limitar ao 8º rei da dinastia selêucida, Antíoco
Epifânio. Um rei de influência extremamente limitada que viveu e morreu antes
que Jesus nascesse, e bem antes que surgisse o poder da Roma Papal. Entender
erroneamente o Chifre Pequeno como uma referência exclusiva a Antíoco Epifânio
só serve para desviar a atenção das atrocidades cometidas pela Igreja Romana,
bem como para satisfazer os demais evangélicos que, por acreditarem na
imortalidade da alma, não querem admitir a realidade de um juízo pré-advento.