Comentário da lição da Escola Sabatina do 3º Trimestre de 2006

 

O EVANGELHO, 1844 E O JUÍZO

 

 

LIÇÃO 12 – O Juízo Pré-Advento

 

 

Chegamos ao ponto crucial dos estudos das profecias de Daniel para a interpretação profética adventista. Antes de avançarmos seria muito proveitoso recapitularmos as importantes conclusões que já chegamos como verdades solidamente alicerçadas na Bíblia e na história:

 

1-              O livro de Daniel foi escrito por volta do 6º século a.C. durante os impérios neo-babilônico e medo-persa;

2-              O princípio dia/ano é a chave para a interpretação das profecias de tempo contidas neste livro;

3-              Existe um paralelismo inquestionável entre as visões dos capítulos 2, 7 e 8;

4-              O poder simbolizado pelo chifre pequeno em Daniel 7 encontra seu paralelo de ênfase e ampliação no chifre pequeno de Daniel 8;

5-              O quarto poder que surge após o império macedônico e antes do estabelecimento do reino eterno de Deus, é o poder romano em suas fases pagã e cristã;

6-              Daniel 9 deve ser entendido como uma explicação à parte da visão do capítulo 8 que Daniel não entendeu;

7-              O cumprimento da promessa messiânica no ministério e morte de Jesus Cristo, o Filho de Deus, conforme profetizado no capítulo 9, estabelece com precisão uma base sólida e segura para a interpretação das visões anteriores;

8-              A dedução de que o período de tempo do capítulo 8 (2.300 tardes e manhãs) tem o mesmo início daquele do capítulo 9 (70 semanas), é uma conclusão coerente com todo o conjunto profético de Daniel.

 

Vamos recapitular também as três visões de Daniel em todo seu paralelismo, mas enfatizando o interessante evento que ocorre entre o aparecimento do chifre pequeno e sua destruição total e definitiva no fim dos reinos deste mundo:

 

Reinos

Capítulo 2

Capítulo 7

Capítulo 8

Interpretação

Período

1º Reino

Cabeça de Ouro

Leão com asas de Águia

 

Império Babilônico

7º e 6º século a.C.

2º Reino

Peito e Braços de Prata

Urso que se levanta de um lado

Carneiro com dois chifres

Império Medo-Persa

Do 6º ao 4º século a.C.

3º Reino

Quadris e Coxas de Bronze

Leopardo com 4 cabeças e 4 asas

Bode com um chifre que dá lugar para outros 4 chifres

Império Greco-Macedônico

Do 4º ao 2º século a.C.

4º Reino

Pernas de Ferro

Animal terrível e espantoso

Chifre Pequeno que cresce muito  politicamente 

Império Romano

(Roma Pagã)

Do 2º século a.C. ao 6º século d.C.

Pés em partes de Ferro e Barro

10 chifres sobre o 4º animal

Chifre Pequeno

se engrandece

espiritualmente

e ataca o

Santuário

Nações da Europa

Do 6º século d.C. até o fim

Chifre Pequeno

Papado

(Roma Cristã)

Tribunal Celestial

Purificação do Santuário

Juízo Pré-advento

 

Pedra destrói a Estátua

O Chifre Pequeno perde seu domínio e é destruído

O Chifre Pequeno sem esforço de mãos humanas é quebrado

2ª Vinda de Jesus

?

5º Reino

Pedra transforma-se num grande monte que enche a terra

Os santos do Altíssimo recebem o Reino

 

Eternidade dos salvos no Reino de Deus

Eternidade

 

De acordo com já comprovado princípio do paralelismo entre as visões de Daniel, verificamos que a Purificação do Santuário do capítulo 8 está indiscutivelmente em direta relação com Tribunal Celestial do capítulo 7. A evidência bíblica é tão forte que não existe como refutar esta relação. Perceba que tanto o Tribunal no capítulo 7 quanto a Purificação do Santuário no capítulo 8 ocorrem exatamente entre o surgimento do Chifre Pequeno e sua aniquilação. E para comprovar isto temos em Daniel 7 e 8, não somente uma, mas duas seqüências bíblicas:

 

Seqüência

Acontecimento

Daniel 7

Acontecimento

Daniel 8

1ª seqüência

Chifre Pequeno se manifesta

Verso 8

Chifre Pequeno se manifesta

Versos 9-12

Tribunal Celestial

Versos 9-10

Purificação do Santuário

Versos 13-14

2ª seqüência

Chifre Pequeno se manifesta

Versos 24-25

Chifre Pequeno se manifesta

Versos 23-25

Tribunal Celestial

Verso 26

Purificação do Santuário

Versos 25-26

 

Completando o quadro acima temos que tanto após o Tribunal Celestial do capítulo 7, como após a Purificação do Santuário do capítulo 8, o evento que se segue é a destruição definitiva do Chifre Pequeno (comparar Daniel 7:26 com 8:25).

 

Como vimos, está inegavelmente claro a relação que existe entre o Tribunal celestial e a Purificação do Santuário, bem como o exato momento em que ocorrem, ou seja, após a manifestação do Chifre Pequeno e antes da 2ª vinda de Jesus, quando ele será definitivamente destruído.

 

TRIBUNAL CELESTIAL = PURIFICAÇÃO DO SANTUÁRIO

 

Como o Tribunal Celestial já foi estudado em detalhes na lição nº.4, iremos agora analisar a questão da Purificação do Santuário para entendermos melhor quão profundo e significativo é este paralelismo.

 

 

A Purificação do Santuário

 

Até quando durará a visão do contínuo, e da transgressão assoladora para que seja entregue o santuário, e o exército, a fim de serem pisados? Até duas mil e trezentas tardes e manhãs, e o santuário será purificado” Daniel 8:13 e 14.

 

Purificado: A palavra que encontramos no texto hebraico é NITSDAQ. Esta palavra só aparece em Dan.8:14. Porém, alguns eruditos a relacionam com a palavra TSADAQ, bastante comum na Bíblia (aparece cerca de 250 vezes). TSADAQ é traduzida por justiça, ser justo, tornar justo ou justificar.

 

As antigas traduções gregas deste texto hebraico traduziram NITSDAQ por “Purificado”, e também a versão latina feita por Jerônimo por volta de 400 d.C. a traduz da mesma maneira.

 

O dicionário Strong assim define TSADAQ: Uma raiz primitiva; TWOT – 1879; v

AV – justificar 23. Justo 10. Justiça 2. Purificado 1. Limparmos a nós mesmos 1. Retidão 1: 41 ser justo. Seja justo.

 

1a) (Qual)

1a1) ter uma causa justa. Estar no correto

1a2) ser justificado

1a3) ser justo ( de Deus)

1a4) ser justo. Ser reto. (em conduta e caráter)

1b) (Niphal) por ou fazer reto. Ser justificado

1c) (Piel) justificar. Fazer aparecer correto. Fazer o correto a alguém

1d) (Hiphil)

1d1) Fazer o trazer justiça (ao administrar a lei)

1d2) declarar justo. Justificar

1d3) Justificar. Recuperar a causa de. Salvar

1d4) Fazer correto. Voltar-se para a retidão

1e) (Hithpael) Justificar-se

 

Algumas versões bíblicas em inglês ao invés da palavra “purificado”, trazem as palavras “restaurado” (Tradução de Darby-1889; Tradução Literal de Young-1993; Versão King James Moderna-1993) ou “declarado correto” (Tradução Literal de Young-1898). Estas traduções são muito propícias para aqueles que limitam as ações do chifre pequeno à profanação que Antíoco Epifânio realizou no templo judeu, porém, como já estudamos na lição 10, existem fortes evidências que apontam para uma interpretação muito mais ampla do chifre pequeno.

 

Alguns entendem que a palavra hebraica NITSDAQ tem ampla significação, podendo abranger não somente idéias de restauração a um estado de perfeita retidão, mas também de purificação, justificação e vindicação.

 

Independente da melhor tradução para a palavra NITSDAQ de Daniel 8:14, é notório o fato de que todo o capítulo 8 tem seu foco voltado para o Santuário, de forma que a própria simbologia dos reinos usa animais típicos do ritual do santuário (carneiro e bode). Portanto, é inevitável que façamos uma analogia com o Dia da Expiação, pois é neste dia que o Santuário era purificado, e onde também o bode tinha uma participação bem destacada.

 

De acordo com Levíticos 23, o Senhor havia designado para Seu povo, sete festas cerimoniais:

 

Ordem

Nome da Cerimônia

Dia em que era Comemorado

Páscoa

14º dia do Primeiro Mês

Pães Asmos

15º ao 21º dia do Primeiro Mês

Primícias

16º dia do Primeiro Mês

Pentecostes

6º dia do Terceiro Mês (50º dia após Primícias)

Festa das Trombetas

1º dia do Sétimo Mês (Rosh Hashanah)

Dia da Expiação

10º dia do Sétimo Mês (Yom Kippur)

Festa dos Tabernáculos

15º dia do Sétimo Mês

 

É interessante observar que o Dia da Expiação (ou o Dia da Purificação do Santuário) era considerado pelo povo judeu como um grande dia de juízo, quando as pessoas tinham uma última oportunidade de se arrepender. A lição traz uma reveladora citação da Enciclopédia Judaica sob o título “O Dia da Expiação”:

 

“Deus, assentado em Seu trono para julgar o mundo, ao mesmo tempo juiz, intercessor, perito e testemunha, abre o Livro dos Registros; a própria assinatura do homem [seu nome] é encontrada ali. Soa a grande trombeta; uma voz suave e doce é ouvida; os anjos tremem, dizendo: este é o dia do juízo. ... No Dia da Expiação, é decretado quem deve viver e quem deve morrer.”

 

“Algumas orações repetidas no Dia da Expiação dizem assim: ‘Justifica-me no juízo. ... Silencia o acusador e permite que o advogado tome seu lugar... e por causa da sua apelação, declara: Perdoei. ... Apaga a transgressão do povo que foi salvo. ... Ele, o Ancião de Dias, Se assenta como Juiz. ... Que no livro da vida... estejamos selados por Ti.’” (Edição do Professor, pág. 152).

 

Tais pensamentos que expressam a essência deste dia tão especial e peculiar na vida do povo de Deus, nos reportam para o evento no capítulo 7 que está em paralelo com este dia: o tribunal celestial. E aqui, mais uma vez é demonstrado o perfeito paralelismo entre os capítulos 7 e 8, pois, como já tínhamos visto, o Tribunal Celestial no capítulo 7 equivale ao dia em que o Santuário é purificado no capítulo 8, e este, por sua vez, é tido como um Dia de Juízo. Interessante, não? Este paralelo é muito significativo, pois é uma forte evidência de que a melhor tradução para a palavra hebraica NITSDAQ é realmente a palavra “purificado”.

 

Sabemos pela Bíblia que estas festas eram símbolos de realidades futuras que definem importantes marcos no Plano da Salvação:

 

“Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.” Col. 2:16-17

 

A 5ª festa foi dada por Deus para justamente anunciar com 10 dias de antecedência a proximidade da chegada do importante e solene Dia da Expiação. Nenhuma outra festa tinha sua chegada anunciada por uma festa específica. Somente o Dia da Expiação tinha este destaque. O Senhor estava com isso mostrando que a realidade do Dia da Expiação não se cumpriria no futuro sem que antes tenha sido devidamente anunciada e proclamada.

 

Expressões repetidas como “afligireis as vossas almas” (versos 27 e 32) demonstram que esta festa era marcada por uma solenidade e gravidade maior do que em qualquer outra festa cerimonial. Percebemos também que uma atmosfera de vida ou morte pairava sobre este dia através das palavras de advertência do verso 29 e 30: “Toda pessoa  que nesse dia não se afligir, será eliminada do seu povo. Toda pessoa que nesse dia fizer algum trabalho, eu a destruirei do meio do seu povo”. Apesar de outras festas serem igualmente dia de descanso solene (exceção feita ao Dia das Primícias), somente o Dia da Expiação era marcado com esta terrível advertência.

 

Agora vamos para Levíticos 16 para vermos o que acontecia neste dia onde o Santuário era Purificado:

 

1)  O Sumo Sacerdote se banhava e vestia suas roupas sacerdotais exclusivas.

2)  O Sumo Sacerdote trazia um novilho para oferta pelo pecado e um carneiro para holocausto que seriam oferecidos por si e por sua família.

3)  Dois bodes para oferta pelo pecado e um carneiro para holocausto eram escolhidos da Congregação dos filhos de Israel.

4)  Sortes eram lançadas para designar entre os dois bodes, qual seria o bode do Senhor e qual seria o bode emissário.

5)  O Sumo Sacerdote sacrificava o seu novilho como oferta pelo seu próprio pecado e de sua família.

6)  O Sumo Sacerdote pegava um incensário com uma medida dobrada de incenso e o colocava para dentro do véu que separava o lugar santo do Santíssimo, para que a fumaça cobrisse o propiciatório (tampa da arca do concerto) onde se manifestava a glória do Senhor. Isto era necessário para que ele não morresse perante o Senhor.

7)  O Sumo Sacerdote levava o sangue do seu novilho para dentro do véu e com seu dedo o aspergia sete vezes (expiação perfeita) diante do propiciatório.

8)  O Sumo Sacerdote sacrificava pelo pecado do povo, o bode que havia sido sorteado para ser do Senhor.

9)  O Sumo Sacerdote levava o sangue deste bode para dentro do véu o aspergia da mesma maneira como havia feito com o sangue de seu novilho.

10)                Desta maneira o lugar Santíssimo do Santuário era purificado de todas impurezas, rebeldias e pecados dos filhos de Israel.

11)                   O Sumo Sacerdote saía do lugar Santíssimo com o sangue do novilho e do bode, e os colocava nas quatro pontas do altar de incenso, bem como os espargia sete vezes sobre este altar.

12)                Desta forma era purificado também o lugar santo, completando a purificação total do Santuário ou Tenda da Congregação (lugar santíssimo e santo).

13)                   Terminada a purificação do Santuário por completo, o Sumo Sacerdote colocava ambas as mãos sobre o bode emissário e confessando todas as iniqüidades dos filhos de Israel, fazia com que eles caíssem sobre a cabeça do bode vivo.

14)                   Um homem previamente designado, conduzia o bode vivo para o deserto onde era ali abandonado. Desta forma os pecados eram conduzidos para a terra solitária (deserto), bem longe do arraial do povo de Deus.

15)                   O Sumo Sacerdote, no lugar santo, se banhava e tirava suas roupas sumo sacerdotais exclusivas, trocando-as por outras vestes.

16)                   O Sumo Sacerdote saía e preparava o holocausto do carneiro seu e do povo, fazendo expiação por si e pelo povo.

 

Deste cerimonial destacamos alguns pontos importantes:

 

·        Este cerimonial era importantíssimo, pois significava a eliminação definitiva de todos os pecados que, depois de perdoados, foram transferidos para o Santuário mediante a aspersão do sangue das ofertas diante do véu.

·        Somente o Sumo Sacerdote poderia fazer a purificação do Santuário.

·        A purificação do Santuário começava pelo lugar Santíssimo onde estava a arca da aliança com seu propiciatório, símbolos do trono de Deus no céu.

·        O Santuário era completamente purificado antes que o bode Azazel entrasse em cena.

·        O bode emissário levava sobre si todos os pecados, mas não era sacrificado. Ele era abandonado vivo no deserto e deixado à sua própria sorte (fatalmente morreria debaixo do escaldante sol do deserto, mas o principal aqui é a separação e afastamento entre os pecados que ele carregava sobre si e o povo de Deus).

·        Como sem sangue (morte) não pode existir remissão dos pecados (Heb. 9:22), o fato de o bode levar toda a culpa final e ser abandonado vivo para morrer sozinho no deserto, faz dele um símbolo perfeito de Satanás (o culpado final por tudo). Por este motivo, o bode emissário jamais pode simbolizar a Cristo, pois Ele foi morto pelos nossos pecados.

·        O Dia da Expiação começava com os preparativos para a purificação do Santuário, e só terminava depois que o bode Azazel fosse levado para a terra solitária. A realidade do dia de juízo simbolizado por esta festa deve obrigatoriamente compreender um período que só terminará com a extirpação definitiva do pecado do universo.

 

Esta cerimônia simboliza de forma precisa o grande Dia do Juízo que foi visto iniciando na visão do capítulo 7. Será durante este Tribunal Celestial que o Santuário será purificado e o pecado será definitivamente extirpado do meio do povo de Deus.

 

Como já vimos no estudo do capítulo 7, é durante o período de atividades do Tribunal Celestial que estará sendo:

 

1.  Vindicado o caráter de justiça e amor de Deus o Pai perante todo o universo.

2.  Vindicado o nome do unigênito Filho de Deus como digno de receber do Pai todo o poder e autoridade.

3.  Vindicados todos aqueles que confiaram na salvação oferecida pelo Pai mediante Seu Filho unigênito como herdeiros juntamente com Cristo.

4.  Definido de forma inequívoca quem é o verdadeiro culpado pelo pecado, fazendo com que este receba a punição definitiva e final.

5.  Evidenciado que a destruição de todos aqueles que recusaram tão grande salvação é não somente um ato de justiça, mas também de amor.

 

Estes são os cincos pontos principais que resultarão da Purificação do Santuário Celestial mencionado no capítulo 8.

 

O Tribunal Celestial em paralelo com a Purificação do Santuário aponta para um processo que está sendo realizado no céu, e não na terra (muito embora seus efeitos sejam sentidos aqui). A Bíblia confirma esta conclusão ao ensinar claramente que:

 

1) Existe um verdadeiro Santuário no céu:

 

“Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.” Hebreus 8:1-2

 

2) O Santuário terrestre era apenas uma sombra (um símbolo) desta realidade celestial:

 

“Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou.” Hebreus 8:5

 

3) O dia cerimonial da expiação apontava para a verdadeira purificação do santuário celestial:

 

“E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão. De sorte que era bem necessário que as figuras das coisas que estão no céu assim se purificassem; mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes. Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus.” Hebreus 9:22-24

 

Pelas informações do capítulo 7 e 8 sabemos que este Julgamento ocorre depois de iniciadas as terríveis ações do Chifre Pequeno, que simboliza em sua fase inicial, Roma Pagã, e continua de forma destacada por sua substituta imediata, Roma Cristã ou Papal. Aqui está mais uma forte evidência de que o Chifre Pequeno jamais poderia se limitar ao 8º rei da dinastia selêucida, Antíoco Epifânio. Um rei de influência extremamente limitada que viveu e morreu antes que Jesus nascesse, e bem antes que surgisse o poder da Roma Papal. Entender erroneamente o Chifre Pequeno como uma referência exclusiva a Antíoco Epifânio só serve para desviar a atenção das atrocidades cometidas pela Igreja Romana, bem como para satisfazer os demais evangélicos que, por acreditarem na imortalidade da alma, não querem admitir a realidade de um juízo pré-advento.

 

 

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